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Este blog apenas reporta a realidade, sem seguir cartilhas políticas ou ideológicas, nem apoia extremismos de esquerda ou direita.Não toma partido em questões geo-políticas(sem deixar de condenar crimes de Guerra) .
Esse é o Mundo Real
A resiliência da mentira
Poucos dizem que a dívida do Estado aumentou desde 2015 até hoje cerca de 72.000 milhões de euros, ou seja, como é possível ter o cofre cheio e a dívida a crescer?
04 dez. 2023, 00:18 no Observador
Alguns comentadores na comunicação social interrogam-se e interrogam o País da razão do Partido Socialista, depois de oito anos no poder com António Costa e após mais 12 anos anteriormente, continuar a ter a preferência de muitos portugueses, mostrando com isso uma grande resiliência, razão que pode conduzir à sua vitória nas próximas eleições. Infelizmente, a ser verdadeira a afirmação, esses mesmos comentadores teriam a obrigação de conhecer a resposta, na medida em que são eles próprios parte do fenómeno da possível inexistência de alternância democrática em Portugal.
Veremos em Março próximo, mas a explicação é relativamente simples: (1) o PS tem hoje militantes e amigos da sua confiança em todos os postos do Estado e mesmo em algumas empresas privadas do regime, que beneficiam da protecção do Estado, por exemplo: finanças, energia, telecomunicações.; (2) aquilo a tenho chamado a grande família socialista é assim a grande beneficiária desses bons empregos e das mordomias daí resultantes e criou uma extraordinária unidade entre todos os seus membros na defesa do seu interesse comum; (3) por esse facto, todos os socialistas surgem nas televisões a repetirem exactamente o mesmo, o que torna o que dizem a versão dominante de cada tema em debate; (4) sendo a televisão a mais dominante forma de informação dos portugueses, nomeadamente das classes culturalmente mais dependentes, muitos comentadores, quase sempre os mesmos e desde há muito tempo, tornaram-se também arautos da verdade única, reforçando o fenómeno.
Infelizmente, o resultado é a generalização da mentira e da meia-verdade, com efeitos muito favoráveis para o partido no poder à força da repetição. Por exemplo, há dias o ministro das Finanças afirmou no Parlamento que a política energética portuguesa é um sucesso, assim como a política ambiental do Governo, porque durante sete dias a totalidade da energia consumida foi de origem 100% renovável. Infelizmente, nenhum comentador informou que como as energias renováveis são intermitentes, as importações de electricidade de Espanha sobem e que o défice tarifário que tinha sido quase eliminado pela acção da Troika voltou a crescer e já está em 2.000 milhões de euros.
Henrique Neto no Observador
https://observador.pt/opiniao/a-resilie
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O Diabo na Comunicação Social
Marcelo Rebelo de Sousa falou na cerimónia da 38.ª edição de entrega dos Prémios Gazeta, que ontem decorreu nos Paços do Concelho, em Lisboa, num evento em que a situação que atravessam os jornalistas da Global Media Group (GMG) esteve presente nos discursos dos premiados.
"Este é o momento", numa altura em que vai decorrer o Congresso dos Jornalistas, "de chegar a entendimentos de regime sobre esta matéria", afirmou o chefe de Estado.
Isto porque "repetem-se os diagnósticos, a situação piora, vai piorando, depois é rigorosamente irrecuperável", prosseguiu.
"Estou realista e o realismo impõe que não se demore mais tempo, que não se encontre solução no 42.º ou 44.º" Prémios Gazeta, "que é capaz de já ser tarde", em que "pelo meio ficaram não sei quantos jornalistas, não sei quantas famílias de jornalistas, não sei quantos órgãos de informação, não sei quantas formas de escrutínio essenciais para a democracia", reforçou Marcelo Rebelo de Sousa.
Apontou que o Congresso dos Jornalistas anterior "foi o primeiro sinal de alarme" e que neste 5.º Congresso, que decorre entre 18 e 21 de janeiro, "isto não está mal, está muito mal".
E "é um risco para a democracia como é um risco não se perceber que um sistema democrático jovem pode parecer-se aceleradamente com sistemas envelhecidos", acrescentou.
Para Marcelo Rebelo de Sousa é preciso encontrar fórmulas de modo transversal para viabilizar "aquilo que é fundamental para a democracia".
"É fundamental olhar enquanto é tempo e para o ano nos encontremos sem estes despedimentos, sem estes não pagamentos de salários, sem esta indefinição em que ninguém é responsável, não é o proprietário, não é o gestor, não é o financiador, não é ninguém com responsabilidades administrativas, morreu solteira a culpa", salientou Marcelo Rebelo de Sousa.
"Às tantas só falta dizer [que] os responsáveis são os jornalistas. Para que quiseram ser jornalistas e escolheram a porta errada", rematou ( do sapo 24 )