oplanetadosmacacospoliticos
Este blog apenas reporta a realidade, sem seguir cartilhas políticas ou ideológicas, nem apoia extremismos de esquerda ou direita.Não toma partido em questões geo-políticas(sem deixar de condenar crimes de Guerra) .
A Disseminação do Caos e a Desestabilização Social
Foi previsto que Marcelo Rebelo Sousa ofereça um jantar aos cerca de 130 membros que se reunirão por estes dias na capital portuguesa, ao passo que o primeiro-ministro António Costa deverá mesmo participar em parte do programa.
(notícia de 18-05-23 sobre a reunião do clube Bilderberg em Lisboa)
Não é nenhuma novidade que poderosas e influentes organizações transnacionais como a ONU, a Unesco, a OEA, a União Europeia, o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional, a Comissão Trilateral, o Conselho de Relações Exteriores (CFR), o Clube de Bilderberg, o Diálogo Interamericano, a Sociedade Fabiana, a Round Table assim como Fundações internacionais como a Ford, a Rockfeller, a MacArthur e outras similares, apoiam, estimulam e em alguns casos financiam os programas ideológicos e culturais da esquerda. A questão é entender as razões e os motivos doutrinários e práticos desta estranha aliança entre organizações e atores “liberais” e “capitalistas” com forças políticas e actores progressistas. Por que organismos internacionais e grandes capitalistas promovem e injectam dinheiro em propostas, projectos e ações que acabam por favorecer a agenda cultural da esquerda?
Ora, a formação de um ambiente cultural e de uma atmosfera societal que propicie o enfraquecimento e mesmo a abolição de todos os entraves e imperativos morais, espirituais e legais à expansão das “forças naturais” do mercado, assim como, a constituição de um indivíduo “emancipado e liberto” dos freios da religião, dos costumes e tradições culturais ditas “arcaicas e preconceituosas”, projeto próprio da esquerda actual, é essencial para o fortalecimento e ampliação do grande capital e da lógica “mercantil” e consumista do gozo imediato e da multiplicação artificial de desejos.
Ademais, através de sofisticadas e subtis técnicas de engenharia comportamental e controle das percepções busca-se sublinhar, acentuar e exacerbar as diferenças secundárias e acessórias relativas à género, orientação sexual, raça e etnia. Objetiva-se, deste modo, fragilizar os vínculos comunitários, os laços de solidariedade, dividindo e jogando os indivíduos e grupos sociais uns contra os outros. Mais ainda: intenciona-se com isso fazer com que a população concentre toda a sua atenção em questões “identitárias” e lutas pela inclusão e a diversidade, a fim de que, assim condicionada, os autênticos problemas jamais sejam focalizados e enfrentados. Enfim, eis a velha e clássica táctica de “dividir para reinar”, fundada em estratégias muito bem planejadas de desestabilização, “balcanização” e estímulo de conflitos sociais. Por meio da atomização, segmentação, desagregação, fragmentação e desorganização normativa das sociedades nacionais(por via da imigração massiva etc), fica bem mais fácil controlá-las e manipulá-las. Uma sociedade onde não existe coesão, integração social e valores compartilhados, onde as autoridades, hierarquias e disciplinas normativas são relativizadas é facilmente dominada e dirigida por forças exógenas.
Sejamos francos e objetivos: a estratégia diretriz das oligarquias cosmopolitas é disseminar o caos e a desestabilização social. A palavra de ordem das classes falantes progressistas é desconstruir e desmitificar todos os valores e instituições tradicionais. Parece que, conscientemente ou inocentemente, ambas trabalham para atingir um mesmo objetivo.
Daqui https://medium.com/@cesarranquetatjr/os-liberais-globalistas-e-agenda-cultural-da-esquerda-115ce0616672
Autoria e outros dados (tags, etc)
16 comentários
De O apartidário a 26.10.2024 às 10:02
De O apartidário a 26.10.2024 às 10:06
De O apartidário a 26.10.2024 às 10:19
De O apartidário a 27.10.2024 às 11:14
https://youtu.be/wo7TupHe7Vs?si=Koexxq9
De O apartidário a 28.10.2024 às 13:59
https://youtu.be/Xjhno2eqYH0?si=CCZ
De O apartidário a 26.10.2024 às 10:13
De O apartidário a 27.10.2024 às 09:43
https://www.youtube.com/live/S5OYXqcDIX
De O apartidário a 27.10.2024 às 10:49
https://www.youtube.com/live/lT9oJ5m4gD
De O apartidário a 26.10.2024 às 14:15
De Sónia Quental a 26.10.2024 às 14:51
Fui comprar a versão digital d' "O Livro Negro do Mundo Moderno", do autor desse artigo, porque gostei desta amostra e achei o título acessível, mas já vi algures que o autor se define como cristão e católico, o que é um sério condicionamento.
Tenho a impressão de que as pessoas já não conseguem olhar para o mundo sem o filtro de uma ideologia ou religião. Não conseguem deixar de se definir nem ter um compromisso isento com a verdade, o que pede desde logo uma honestidade de que poucos são capazes.
De O apartidário a 26.10.2024 às 15:18
De O apartidário a 27.10.2024 às 11:01
Sugiro o seguinte programa de rádio.
O programa completo (contra corrente do rádio Observador) de dia 24 no qual é convidado o psiquiatra Pedro Afonso e que fala(conforme está mencionado no canal YouTube acima referido) a partir do minuto 15/16 no referido programa
https://www.youtube.com/live/lT9oJ5m4gD
De Sónia Quental a 27.10.2024 às 11:21
Obrigada pela recomendação!
De O apartidário a 27.10.2024 às 10:33
12 set. 2024, 00:10 no Observador, psiquiatra Pedro Afonso
Passados cerca de 5 meses da tomada de posse do atual governo, ainda não se compreendeu qual a posição política da AD relativamente à enorme obra imaterial e ideológica deixada pelo anterior governo PS. É suposto haver diferenças nas ideias políticas quando os grandes partidos se alternam no poder. Vejamos dois exemplos: a eutanásia e a identidade de género.
A lei da eutanásia foi aprovada na generalidade na AR pela maioria de esquerda em 2023. A sua regulamentação continua por realizar o que na prática faz com que a lei não entre em vigor. O que pensa a AD fazer sobre este assunto que tanto dividiu a sociedade portuguesa? Partilha desta visão utilitarista da vida humana? Consequentemente, vai mesmo regulamentar esta lei, aprovada maioritariamente pela esquerda, ou vai procurar revogá-la? E a melhoria da rede de cuidados paliativos não é uma prioridade?
A ideologia de género, promovida ativamente pelo PS, inspirou várias decisões políticas e legislativas. Basta olhar para a Lei nº. 15/2024 que se revela uma autêntica “miscelânea legislativa” ao misturar conceitos, como a homossexualidade (orientação sexual) e a disforia de género (identidade de género), que nada têm a ver um com o outro. Enquanto a homossexualidade não é considerada doença desde há cerca de meio século, a disforia de género é classificada como uma doença pela Associação Americana de Psiquiatria (DSM 5 – TR, 2022, pág. 521), razão pela qual deve ser acompanhada clinicamente por psiquiatras e psicólogos competentes. Mas o legislador, de forma ardilosa, omitiu na referida lei o termo “disforia de género” referindo-se a esta condição, de forma enviesada, como “autodeterminação da identidade de género e expressão de género”.
Esta legislação aprovada intromete-se claramente na decisão médica de tratar esta patologia, sendo eticamente reprovável que o legislador interfira no livre exercício da medicina e da boa praxis médica. O objetivo desta ideologia não é melhorar a ciência médica, mas sim destruir as suas fundações. Assim, penso que estamos diante de uma legislação abusiva. A sua aplicação pode ser causadora de danos físicos e psíquicos nas crianças, adolescentes e jovens que são portadores da disforia de género, dado que, por motivos ideológicos (e não clínicos), estes podem não receber de forma atempada ou adequada o acompanhamento médico que necessitam.
Recentemente na Inglaterra — seguindo outros países como a Noruega, Finlândia e a Suécia — foram proibidas no serviço nacional de saúde as terapias de afirmação de género, designadamente os bloqueadores da puberdade, a menores de 16 anos, com a justificação de não existirem evidências de segurança e efetividade clínica.
Continua
De O apartidário a 27.10.2024 às 10:35
A sociedade está de tal forma embotada pelo relativismo ético que permite criar um campo fértil para a tirania das ideias efémeras, desprovidas de raízes com a verdade e a evidência científica. Mas, se houve erros legislativos e excessos ideológicos no passado, é preciso corrigi-los. Porém, as declarações recentes da ministra da Juventude de apoio à utilização de terminologia woke (“pessoas que menstruam”) em documentos da DGS só vieram trazer mais polémica e confusão. Ao contrário do que disse a ministra, justificando que esta é uma terminologia cientificamente correta, este é mais um exemplo de como a ideologia de género tem contaminado a linguagem científica.
A falta de clareza ideológica e de coragem política da AD, em apresentar-se como uma verdadeira alternativa nestas questões, mais cedo ou mais tarde faz-se pagar. De resto, o CDS necessita de se afirmar politicamente nestas matérias para garantir a sua sobrevivência como partido autónomo.
O país precisa de líderes políticos que não estejam sequestrados pela indecisão ou pelo vazio ideológico. Deste modo, não se perde apenas o rumo, como também se sacrifica a representatividade democrática, transformando-se a sociedade num sistema político de pensamento único.
Pedro Afonso no Observador
https://observador.pt/opiniao/eutan