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A "Ética" Republicana Em Saldo (repostado)

Quinta-feira, 21.09.23

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Em Portugal não há ciência de governar nem há ciência de organizar oposição. Falta igualmente a aptidão, e o engenho, e o bom senso, e a moralidade, nestes dois factos que constituem o movimento político das nações.

A ciência de governar é neste país uma habilidade, uma rotina de acaso, diversamente influenciada pela paixão, pela inveja, pela intriga, pela vaidade, pela frivolidade e pelo interesse.

Eça de Queiroz, in 'Distrito de Évora (1867)»

O post original no link a seguir 

https://oplanetadosmacacospoliticos.blogs.sapo.pt/a-etica-republicana-em-saldo-46851

We are entregues à bicharada

Marcelo reduziu um dos mais antigos estados-nação do mundo a uma tasca onde se come, dança o vira e vê a bola. E é com isto que espera contribuir para um povo unido e confiante nas suas capacidades.

Fiquemos pelo eufemismo: já todos perdemos a conta aos momentos menos felizes de Marcelo Rebelo de Sousa. Dos abusos na Igreja que não lhe pareciam particularmente elevados, ao pedido ao Reino Unido para não fechar os voos para o Algarve, em tempo de Covid, em nome da nossa “velha aliança”. Mas, curiosamente, Marcelo, que puxa do argumento da História para responder a uma questão de saúde pública, não se lembra dele quando o tema é identidade nacional.

A semana que passou impressiona mesmo o mais imunizado em matéria de marcelices. Começou com uma análise futebolística não encomendada a gabar o facto de termos esmagado o poderoso Luxemburgo, seguiu desenfreada com os comentários ao decote de uma popular e acabou, estampada no fundo, com o épico discurso do “we are bacalhau”. Portugal não tem bem um Presidente; tem um tio extrovertido num casamento.

Em Toronto, perante uma plateia de imigrantes, foi isto que saiu a Marcelo: “Of course we are fado, We are bacalhau. We are caldo verde, we are cozido à portuguesa. We are the vira, and the corridinho, and the fandango. We are all of this. We have a soul. We are Cristiano Ronaldo. We are so many champions, in so many fields, but the best champions of Portugal are you, the Portuguese people. E agora, como prometido, vou abraçar e beijar todas e todos. E tirar uma selfie com cada qual.

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publicado por O apartidário às 09:41


11 comentários

De O apartidário a 21.09.2023 às 10:45

A grande maioria dos políticos, incluindo os decisores da tutela, olham as Forças Armadas como sendo um sistema de forças. É uma visão errada e geradora de ainda piores políticas estruturais que têm conduzido a reformas danosas e comprometedoras da segurança externa e interna do País. As Forças Armadas não são um mero sistema de forças e menos ainda um simples sistema de armas. As Forças Armadas usam sistemas de armas como parte de suas operações e devem ser em permanência uma “incubadora de forças”. A começar na ministra da Defesa, que não anteviu o regime de corrupção e conluio instalado no seu ministério, uma rede criminosa onde já constam 74 arguidos sem que daí tenha retirado alguma consequência politica, a terminar no Comandante Supremo das Forças Armadas, mais presente nas flash interview dos desafios de futebol do que em visitas aos problemas das unidades militares, os políticos entendem que um sistema de forças operacionais é a solução acabada para um modelo ideal das diversas componentes da defesa nacional, Marinha, Exército e Força Aérea. Uma Companhia de Fuzileiros, um Batalhão de Forças Especiais, uma Esquadra de Aviões e, para quem é, bacalhau basta! E, se perguntarem ao BE, o melhor é sairmos da NATO e o PCP nem se importa que os Açores passem a ser uma base da Rússia! Não é soberano quem quer, é quem pode; e se queremos garantir a nossa liberdade e democracia, precisamos de umas Forças Armadas profissionais, com tudo o que isso significa.

Desde logo, a sua estrutura profissional e operacional é a componente essencial, sem dúvida nem discussão, mas sem uma estrutura de base ela não subsiste. O sistema de forças operacionais não é sustentável sem uma base de apoio administrativo, logístico, hospitalar e social que alimente e mantenha o seu nível de prontidão e treino. As Forças Armadas são organizações militares que somam pessoal militar treinado, equipamentos, armamento, infraestrutura e indústria para defender um País, proteger os interesses estratégicos e manter a segurança e a soberania. Elas incluem sistemas de armas como parte de seu potencial, mas não se esgotam nisso. São uma entidade muito mais abrangente que se valida na defesa contra ameaças externas, proteção das fronteiras, o controle do espaço aéreo e a defesa das águas territoriais quando necessário, na capacidade de projetar poder e influência além das fronteiras em defesa de interesses nacionais ou em reforço de compromissos internacionais da NATO, em operações de manutenção da paz sob a égide da ONU, em situações de catástrofes naturais ou crises humanitárias fornecendo assistência humanitária, como resgate, transporte de alimentos básicos e assistência médica, em situações limite de manutenção da ordem interna e, finalmente, em atividades de pesquisa e desenvolvimento de tecnologia militar, que também pode ter e, por norma, precede a sua aplicação em indústria e tecnologia civil. Ora, perante esta panóplia de missões, é preciso olhar o todo como uma soma das partes e não apenas cada componente per si.

A realidade do que no momento acontece na Ucrânia, desde há mais de um ano a esta parte, já deveria ter servido para políticos e tutela repensarem os seus conceitos pré-formatados de que o “guarda-chuva só é necessário nos dias em que chove”, porquanto se, de repente sem previsão cair uma bátega de água e não tivermos defesa, a molha é certa. Mais no link acima

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