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Não Há Melões Bons Nesta Época e a Luz ao Fundo do Túnel Será Apenas Mais Um Comboio?

Domingo, 19.02.23

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"Olhando para o pacote [de medidas] que é muito grande(sobre habitação) não é possível ter uma ideia clara do que lá está dentro. O povo costuma dizer só se sabe se o melão é bom depois de o abrir. É preciso abrir o melão", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa à margem de uma iniciativa na aldeia Podence, no distrito de Bragança.

Para ilustrar a sua opinião, o chefe de Estado voltou a traçar um paralelismo com a dúvida do consumidor sobre a qualidade da fruta antes de a abrir e provar:

"Ontem foi apresentado o 'melão', agora é preciso olhar para cada lei e ver o que cada uma delas diz. (Do sapo actualidade de 17-02)

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"Eu acredito que [a negociação] vai a caminho, não direi de uma solução perfeita, mas de uma solução que cubra um número muito elevado de problemas dos professores e que tem um sinal de esperança porque as famílias, os alunos, pais, professores, pessoal não docente, todos esperam que entre o carnaval e a Páscoa seja possível ver luz ao fundo do túnel e eu acho que talvez haja hipóteses para uma luz ao fundo do túnel num processo que interessa a todos os portugueses", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe de Estado, que falava aos jornalistas à margem da inauguração de um mural em sua honra criado pelo artista transmontano Trip Dtos, na aldeia Podence, destacou que na quinta-feira o primeiro-ministro abriu "uma janelinha" e deu "um passo muito importante" ao esclarecer que a situação dos professores "é diferente de outras carreiras na função pública". (Do sapo actualidade de 17-02)

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publicado por O apartidário às 17:24


9 comentários

De O apartidário a 19.02.2023 às 17:55

A doutrina Marcelo: quanto pior, melhor
À revelia do buraco escuro em que os portugueses se afundam, a única preocupação do prof. Marcelo é a “estabilidade”, leia-se a fobia dele a incómodos pessoais e ao desamor das massas.

04 fev. 2023, 00:23

Enquanto chefe de Estado, o prof. Marcelo costuma dividir-se entre dois tipos de intervenções públicas. A primeira é a que corresponde às corriqueiras obrigações do cargo (desde que o cargo é ocupado por ele, note-se): viajar ao estrangeiro, conviver com líderes corruptos e autocráticos, posar para “selfies”, despir-se à frente das câmaras de televisão, nadar no oceano que se puser a jeito, assistir a jogos da bola, analisar jogos da bola, etc. O segundo tipo de intervenções são as que o prof. Marcelo aproveita para dizer coisas tão escabrosas que uma pessoa ouve aquilo e fica a pensar se realmente ouviu aquilo.

A abordagem escabrosa acontece sempre que, confrontado com assuntos sérios e susceptíveis de lhe beliscarem a popularidade, Sua Excelência não se limita a despachar os assuntos com uma frase que é um monumento ao narcisismo e ao desinteresse: “É preciso apurar responsabilidades, doa a quem doer”. Aconteceu, por exemplo, a propósito dos abusos sexuais na Igreja, quando o prof. Marcelo considerou que 424 testemunhos não eram um número “particularmente elevado”. E quando pediu que esquecêssemos a questão dos direitos humanos no Qatar para nos concentrarmos na selecção de futebol. E quando, em 2017, resolveu a tragédia de Pedrógão em poucos minutos, mediante a lendária sentença: “O que se fez foi o máximo que se poderia ter feito”.

Na passada terça-feira, o prof. Marcelo voltou a demonstrar a sua portentosa incapacidade para avaliar as situações – ou a desastrada habilidade para fugir delas. Perguntado por jornalistas sobre a profusão de trapalhadas governamentais, respondeu: “É bom para a democracia haver exigência em antigos e novos partidos políticos no sistema partidário, na comunicação social. O contrário é que seria uma situação pantanosa. Mais vale ver se há problemas, levantá-los, depois uns são, outros não são, e isso é uma democracia viva, a ser uma democracia pantanosa”.

Se percebi correctamente, um governo que se esfarela sob o peso de compadrios, incompetência e desonestidade endémica é sintoma de uma democracia “viva”. E porque não dizer pujante? E porque não dizer invejável? E porque não dizer gloriosa? Porque ainda há quem tenha vergonha na cara, a vergonha de habitar um país em que, por meio de anestesia e propaganda, os desastres são convertidos em proezas. “Pântano”, a herança do eng. Guterres, hoje é favor. E saudade. Em qualquer lugar do Ocidente, uma pequenina fracção das misérias perpetradas pela agremiação do dr. Costa seria suficiente para, num ápice, derrubar a agremiação, o dr. Costa e as últimas esperanças na reabilitação do sistema político. Em Portugal, o senhor presidente da República manda-nos agradecer tamanha dádiva.

Alberto Gonçalves no Observador (ou no artigos.myweb.vodafone.pt)

De Ricardo a 19.02.2023 às 20:48

Não concordo com tudo o que escreve mas a fazer a "fotografia" ao inquilino de Belém não vejo ninguém mais assertivo que o Alberto Gonçalves.

De Bilder a 19.02.2023 às 21:39

A apanhar melões (e dos grandes) não há quase ninguém como os portugueses realmente, e o maior dos melões será mesmo o próprio personagem que ocupa o Palácio de Belém. Quanto a luzes ao fundo do túnel já nem sei que diga, se fosse repórter de tv e me tocasse esse personagem tinha de mudar de ramo pois há coisas que o meu "estomago" não aguenta. .

De O apartidário a 21.02.2023 às 08:21

Por falar em melões. A rotina de um Oficial de Justiça ao dia de hoje passa por observar três greves em cada dia e, de acordo com um novo movimento, trajar a sua farda de luta também todos os dias, isto é, passar a vestir diariamente a sua camisola preta com os dizeres “Justiça para quem nela trabalha”, enquanto está a trabalhar e, ou, a observar alguma das três greves em vigor. (Como pode a dita justiça funcionar assim? ) https://oficialdejustica.blogs.sapo.pt/o-ponto-de-viragem-e-a-reacao-histerica-1093848

De Alexandre N. a 20.02.2023 às 19:18

Marcelo, ele próprio é um melão, mas no caso, já se sabe de antemão o que tem dentro, e fede.

De O apartidário a 20.02.2023 às 20:10

Pelo menos na cabeça só deve ter pevides,e das transgénicas.

De O apartidário a 20.02.2023 às 20:09

A Associação Hostels de Portugal disse hoje que as medidas apresentadas pelo Governo para a habitação, nomeadamente para o alojamento local, "não foram ponderadas" e irão "destruir inúmeras empresas", segundo um comunicado hoje divulgado.
https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/hostels-dizem-que-medidas-nao-foram-ponderadas-e-vao-destruir-empresas

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