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No Reino da Macacada Repúblicana

Quinta-feira, 16.05.24

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Não sejam chonéfobos e coiso e tal. 

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Actualização 03-05-24 :

A população estrangeira em Portugal aumentou cerca de 33% no ano passado, totalizando mais de um milhão de imigrantes a viver legalmente no país, segundo um documento hoje apresentado pelo Governo.

O Plano de Ação para as Migrações, hoje apresentado pelo Executivo e que inclui 41 medidas, indica que “a população imigrante aumentou de forma significativa no último ano”, passando de 781.247 em 2022 para 1.040.000 em 2023.

O Governo compara também com o número e imigrantes residentes em Portugal em 2015, que era 383.759.

O documento precisa que os dados de 2023 são provisórios e não estão incluídas nestas estatísticas os estrangeiros com situação regular ao abrigo da concessão de autorizações de permanência, de vistos de curta duração, de estudo, de trabalho ou de estada temporária, bem como os estrangeiros com situação irregular.

No Plano de Ação para as Migrações, hoje aprovado pelo Conselho de Ministros, o Governo pôs fim ao regime excecional que permitia a um estrangeiro entrar em Portugal e só depois pedir autorização de residência e anunciou a criação de uma estrutura de missão para regularizar processos pendentes, estimados em 400 mil.

Do sapo 24 actualidade (texto acima transcrito) 

Imigrantes podem(desde 2017)ser legalizados apenas com "promessa de contrato de trabalho"

Alteração à lei permite que imigrantes sejam legalizados apenas com "promessa de contrato de trabalho". Medida contraria parecer do próprio SEF, que já pediu esclarecimentos ao ministério.

Observador
07 ago. 2017, 08:45 (artigo completo na caixa de comentários) 

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Os surtos manicomiais do progressismo resultam de uma infantilização e debilitação programada da psique dos indivíduos… 

O mundo ocidental está cheio de ideias que se tornaram loucas. Ao nazismo e ao comunismo sucedeu o hiperliberalismo, a esquerda pós-moderna, o progressismo, o wokismo e todas as suas taras made in America. A teoria do género, a teoria crítica da justiça, o feminino do género, a teoria pós-colonialista, a teoria queer, o lgbtismo, a interseccionalidade são produções universitárias liberais e esquerdistas.

Greg Lukianoff e Jonathan Haidt publicaram em 2019 o livro A Transformação da Mente Moderna que tem o seguinte subtítulo: «Como as boas intenções e as más ideias estão a condenar uma geração ao fracasso», Gad Saad publicou em 2022, A Mente Parasitária, sobre o wokismo e o progressismo, explicando-nos como ideias infecciosas anti-ciência e anti-razão, anti-história e anti-factos estão a matar o sentido comum e criaram uma epidemia de imbecilidade e deliriosos perigos instituídos como leis e normas jurídicas, sociais, escolares… Douglas Murray fala-nos da «loucura dos loucos» e em como assistimos no ocidente ao triunfo da desrazão, da irracionalidade, do emotivismo. Saad refere-se à atmosfera mental do wokismo que já é política oficial, sistema jurídico e educativo e propaganda massiva nos média, como uma pandemia mental terrivelmente devastadora que destrói a capacidade das pessoas pensarem racionalmente e que conduz a uma perda total do sentido da realidade e do reconhecimento das verdades mais evidentes. Esse foi o trabalho das universidades americanas, validado pelos políticos ocidentais e vendido pelos média e potenciado pelo modelo económico liberal. O capitalismo tem uma vertente woke, o consumo deve ser associado ao que se presume ter um boa consciência e estar do lado certo…

Os surtos manicomiais do progressismo resultam de uma infantilização e debilitação programada da psique dos indivíduos… O sempre sentir-se ofendido, vitimizado, a necessidade de proteção, a exacerbação absurda das situações é uma condição muito idêntica aos transtornos depressivos e obsessivo-compulsivos… Uma visão deformada do mundo, das pessoas e da vida está a gerar comportamentos profundamente desestruturados.

As ideias que enlouqueceram sobre justiça e igualdade e que se tornaram patológicas, descreve-as Saad como patogéneos parasitários da mente. Qualquer pessoa afetada por esse vírus perde a capacidade de usar a razão e a lógica, de reconhecer factos e evidências básicas, e até de distinguir a verdade da ficção e da mentira, afastando-se da realidade, do sentido comum e da verdade. Esses parasitas impedem também o pensamento crítico e racional. Os principais exemplos desse parasitismo são o feminismo radical, o construtivismo social, a teoria crítica da justiça e o pós-modernismo. Veja-se como o politicamente correto, a cultura do cancelamento, a nova polícia do pensamento e da linguagem, o relativismo moral e cultural, a tara construtivista e perspetivista, o egoísmo atomizado sórdido, a ideologia vitimista, a cultura da queixa, as políticas identitárias, o multiculturalismo como filosofia política se normalizaram e nos ensinam o ódio a nós mesmos.

A luta contra este tipo de terrorismo intelectual liberal progressista e esquerdista é cada vez mais uma guerra pela defesa da nossa sanidade mental.  

Daqui https://sol.sapo.pt/2023/10/09/o-progressismo-a-ideologia-do-manicomio/

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publicado por O apartidário às 20:57


12 comentários

De O apartidário a 17.05.2024 às 08:30

Imigrantes podem ser legalizados apenas com "promessa de contrato de trabalho"
Este artigo tem mais de 5 anos

Alteração à lei permite que imigrantes sejam legalizados apenas com "promessa de contrato de trabalho". Medida contraria parecer do próprio SEF, que já pediu esclarecimentos ao ministério.

Observador
07 ago. 2017, 08:45
Um estrangeiro só precisa de apresentar a “promessa de um contrato de trabalho” para garantir autorização de residência em Portugal, não precisando sequer de visto de entrada no país. A nova medida faz parte da alteração à lei de estrangeiros publicada em Diário da República, seguindo propostas do PCP e do BE, e aprovada pela esquerda contra o parecer do próprio Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), avança o Diário de Notícias(Agosto 2017).

A nova legislação revoga assim a exigência de entrada legal em Portugal ou no espaço Schengen de imigrantes já com contratos de trabalho, previsto no anterior regime para os casos de legalização, a título excecional. Além disso, impede que imigrantes que tenham cometido crimes como homicídios, roubos violentos ou tráfico de droga sejam expulsos do país.

Estas medidas, contrariamente ao que está a ser seguido no resto da Europa, simplificam o processo de legalização de imigrantes e terão apanhado desprevenidos os próprios responsáveis do SEF. De acordo com o jornal, a direção nacional desta entidade emitiu uma nota na passada sexta-feira a todos os dirigentes distritais, na qual esclarece que, até o Ministério da Administração Interna (MAI) clarificar o alcance destas novas regras (algumas das quais contraditórias com outros artigos da legislação anterior que não foram alterados), o chamado SAPA — serviço de agendamento online onde os imigrantes registam as suas “manifestações de interesse” — fica suspenso, conta o DN. Uma nota na qual recorda a falta de recursos humanos e meios informáticos suficientes para responder ao expectável aumento de pedidos de autorização de residência.

Para o ministério conduzido por Constança Urbano de Sousa, esta alteração legislativa não é uma regularização extraordinária nem tem o efeito de atração de imigrantes ilegais que o SEF receia. Além disso, reforçam, mantém-se a obrigatoriedade da obtenção de visto e que não está em causa a regularização de quem tenha entrado ilegalmente.

https://observador.pt/2017/08/07/imigrantes-podem-ser-legalizados-apenas-com-promessa-de-contrato-de-trabalho/

De O apartidário a 23.05.2024 às 17:59

O tabu do tema “imigração” como cancelamento
Ao misturar o tema da imigração com racismo ou xenofobia evita-se a discussão. É uma forma de cancelamento.

13 mai. 2024, 00:09 no Observador

O debate político, na atualidade, parece preocupar-se mais em atacar o adversário ad hominem do que discutir com argumentos ou rebater as ideias do interlocutor. Assim, verificamos que desde há alguns anos determinados temas, como a imigração, têm vindo a ser afastados do debate público. Isto acontece porque há um lado da perspetiva ideológica que classifica automaticamente o outro como racista ou xenófobo, quando na realidade a maior parte das vezes apenas se quer trazer argumentos para uma discussão. Por que razão isto acontece? Acontece porque a imigração é um tema político e com uma abordagem política que, aparentemente, interessa bastante às populações e ao misturar o tema com racismo ou xenofobia evita-se a discussão, pois ninguém quer ser rotulado de racista ou xenófobo apenas por discutir um tema político com uma abordagem política. É uma forma de silenciar a outra parte, um método de cultura de cancelamento.

Gonçalo Costa Santos no Observador

https://observador.pt/opiniao/o-tabu-do-tema-imigracao-como-cancelamento/

De O apartidário a 17.05.2024 às 09:33

Tendas em Arroios

16 mai. 2024, 00:19 no Observador

O documento mais relevante para quem se interessa por compreender o problema português da imigração é a entrevista que a presidente da Junta de Freguesia de Arroios deu à Rádio Observador, no passado dia 7 de Maio.

Arroios não é só mais uma freguesia de Lisboa; é a freguesia com maior número de nacionalidades em todo o país. Tem um problema grave com imigrantes e um problema grave com pessoas a viver em tendas montadas em cima do passeio. As chamadas pessoas “sem abrigo”. Não é possível separar um problema do outro.

A presidente dessa Junta de Freguesia, Madalena Natividade, arranjou um sarilho com o governo da República, o saudoso governo do PS, porque desde Fevereiro deste ano decidiu recusar-se a emitir “atestado de residência” (um documento da Junta) a quem não tenha “título de residência” (um documento da responsabilidade dos serviços do Estado central). O governo de António Costa repudiou a decisão, alegando que ela “limita os direitos dos cidadãos imigrantes”. Madalena Natividade não vai recuar. Diz que tomou “uma decisão política”, que teve o cuidado de a fazer passar pelo crivo dos pareceres jurídicos, que está “tranquilíssima” e vai manter a decisão. E explica porquê.

Diz que a resposta está na própria palavra “atestado” de residência; ela, enquanto Presidente de Junta, não vai “atestar” residências baseada em declarações falsas. Não vai “atestar mentiras”. Acrescenta que “é do conhecimento público” a existência de máfias a operar em Arroios, que essas máfias produzem documentos falsos, e que as forças de segurança sabem, até porque a Junta tem estado a fazer chegar informação à PSP, à Polícia Judiciária, e à Procuradoria-Geral da República, como “é da sua competência”. Madalena Natividade pede agora ao governo “uma política de imigração clara” e “uma resposta rápida”, porque a situação “não é digna, nem para quem dorme em tendas nos passeios, nem para quem vive ali”.

“Eu, como Presidente de Junta, tenho obrigação de defender a higiene, a segurança, e o bem estar dos meus moradores”, explicou ela à jornalista. Mais: “O meu papel é fazer cumprir os direitos, quer dos imigrantes, quer de quem vive em Arroios; mas os direitos de uns não se sobrepõem aos direitos dos outros”.

Para que não sobrassem dúvidas sobre a quem presta contas, e sobre o sossego da Junta, informou: “Todos os dias os moradores me perguntam quando é que isto acaba”.

E pior, disse que as “associações, movimentos, e activistas de esquerda” vão lá diariamente. Ajudar a resolver? Nada disso: vão lá “bloquear a situação”, instrumentalizando estas pessoas com o correspondente “aproveitamento político”. Madalena Natividade é de uma franqueza desarmante, não deixa subtilezas subentendidas: “As associações têm interesse em que as pessoas fiquem na rua”, porque “recebem subsídios pelas pessoas que dormem no passeio”.

Toda esta história vem confirmar o papel da esquerda no descontrolo da imigração, que serve os interesses da esquerda de várias maneiras. O fundamental, já toda a gente percebeu e, de resto, foi apontado por Rui Ramos na semana passada: a esquerda substituiu a “classe operária” pelos imigrantes e pelas minorias, que agora lhe servem de instrumentos na luta contra o capitalismo. Exerce esta política na frente cultural, através dos jornais, televisões, e universidades, onde se tornou hegemónica, caluniando e diminuindo os valores ocidentais. Esses valores deram forma às nossas referências, produziram as nossas sociedades, as sociedades que os imigrantes procuram quando se juntam a nós. Não existe um fenómeno de emigração europeia descontrolada para a Somália ou para o Bangladesh.

Mas a esquerda também exerce a luta contra o capitalismo na frente operacional, através de associações e movimentos activistas, que impedem a legalização e a integração de imigrantes para acumular desconforto e pesar nas nossas consciências, lucrando directamente com isso. São dirigidos pelos partidos da esquerda, favorecem os partidos da esquerda, e são pagos pelos portugueses para se comportarem assim. Fazem disso um modo de vida, à custa do Orçamento do Estado e do Município.

Margarida Bentes Penedo no Observador

https://observador.pt/opiniao/tendas-em-arroios/

De Ricardo a 19.05.2024 às 20:26

Investigações haverá cada vez mais. Agora solução da raiz dos problemas criados(e de tudo o que facilita e promove o crime)é que não se vê nada.

De O apartidário a 18.05.2024 às 08:45

Aguiar Branco esteve bem e defendeu a democracia liberal
Os políticos falam livremente numa democracia, são escrutinados diariamente e avaliados nas urnas pelo que dizem e pelo que fazem. A liberdade de expressão admite a mentira e até a alarvidade.

18 mai. 2024, 00:17

Ponto prévio: o que André Ventura disse sobre a comunidade turca é uma alarvidade. Mais uma alarvidade dita por Ventura que volta a marcar a agenda mediática e que faz com que só se fale do que Ventura disse ou não disse. O líder do Chega agradece para continuar a subir o seu índice de notoriedade.

Dito isto, a temática aqui em questão — liberdade expressão vs censura — é algo muito sensível e deve ser analisado à luz das liberdades e garantias que caracterizam o Estado de Direito. Mas também à luz da liberdade da ação política que caracteriza a democracia liberal, nomeadamente a liberdade dos deputados.

Deixando, para já, a ação política de lado, a temática da liberdade de expressão é fundamental para qualquer jornalista. Porque sem ela não existe a liberdade de imprensa. É a conjugação da liberdade de expressão com a liberdade de imprensa que determina as condições em que os jornalistas podem desenvolver o seu trabalho.

Por isso mesmo, li inúmeros estudos e acórdãos judiciais e constitucionais ao longo dos anos sobre os limites da liberdade de expressão — que, como qualquer direito, não é absoluto. E também já fui constituído arguido várias vezes e acusado e julgado uma vez pelo alegado crime de abuso de liberdade de imprensa, tendo sido absolvido com elogios ao meu trabalho por parte do tribunal que me julgou.

Tudo isto para dizer que sempre defendi uma visão maximalista do direito constitucional da liberdade de expressão, seguindo, por exemplo, a jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. Isto já para não falar da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal dos Estados Unidos ou do Tribunal Constituicional da Alemanha.

Dando um exemplo simples dessa visão maximalista: a liberdade de expressão inclui o direito ao disparate, à mentira e até à alarvidade, particularmente quando está em causa o debate político. É essa a minha ideia abstracta sobre como deve ser encarado um direito constitucional básico numa democracia liberal.

A liberdade de expressão, assim como a liberdade de imprensa, a liberdade de associação ou de reunião, são as chamadas super-liberdades — e sem elas não existe democracia.

Por outro lado, a melhor tradição das democracias liberais permite genericamente que mesmo os inimigos dos direitos humanos e da democracia possam expressar o seu ponto de vista. Com limites estabelecidos pela lei, enfatize-se, e não de forma absoluta.

Obviamente que a liberdade de expressão (ou até a liberdade de imprensa) pode chocar com outros direitos, como o direito ao bom nome. Quando um cidadão ofende outro, a liberdade de expressão de quem ofende colide com o direito à honra de quem é ofendido — e este último tem direito a recorrer aos tribunais e muito provavelmente ganhará a causa. A minha liberdade termina quando começa a do outro cidadão — não é um lugar comum, é uma grande verdade.

O que se passou esta sexta-feira no Parlamento não pode ser visto exatamente da mesma forma. Não eram cidadãos que estavam a opinar no espaço público. Eram deputados que estavam envolvidos num debate político que é regulado pelo regimento parlamentar e por várias leis.

Uma delas, como é próprio em democracias consolidadas, prende-se com os mecanismos legais da imunidade dos deputados, dos representantes do Poder Legislativo — que pode ser alargada a outros elementos do poder político em determinadas circunstâncias.

E para que serve essa imunidade? Para proteger precisamente a liberdade de expressão e a liberdade de ação política dos deputados e impedir a sua perseguição judicial pelo que dizem. Em Portugal, como em qualquer democracia avançada, nenhum deputado pode ser responsabilizado penalmente por opiniões políticas.

Continua

De O apartidário a 18.05.2024 às 08:46

Grosso modo, a imunidade é uma espécie de escudo que permite a qualquer deputado expressar o seu pensamento de forma totalmente livre e sem qualquer tipo de coação ou pressão.

É essa a melhor tradição da democracia liberal: permitir que os representantes do povo falem livremente mas também, e noutro plano, que até os inimigos dos direitos humanos e da democracia possam expressar o seu ponto de vista.

A lógica subjacente às democracias ocidentais implica que tudo o que for dito à luz dessa super-liberdade política será sempre alvo de escrutínio no espaço público. Ou pela comunicação social ou pelos próprios cidadãos nos seus fóruns de discussão. E é esse escrutínio que permitirá desconstruir as mensagens extremistas ou estapafúrdias.

O que a esquerda e a extrema-esquerda parlamentar estão a exigir ao Presidente José Pedro Aguiar Branco é que proíba um deputado de se expressar de forma livre. Não é só uma questão de coartar a sua liberdade de expressão, é também retirar-lhe o direito político de se poder expressar como entender, proibindo certas expressões ou palavras.

O que o PS, PCP, BE e Livre querem é um “mestre-escola”, como dizia esta sexta-feira Sérgio Sousa Pinto na CNN Portugal. Já têm saudades dos antigos mestres-escola Ferro Rodrigues e Augusto Santos Silva que, por vaidade pessoal, adoravam ralhar com André Ventura — dando-lhe ainda notoriedade e contribuindo para que as ideias do Chega chegassem ainda a mais pessoas.

Numa palavra, a esquerda faz o que sempre fez: olha de forma paternalista para a sociedade e tenta proibir que seja dito algo porque entende que os cidadãos não têm capacidade crítica para desconstruir o que André Ventura diz.

Por tudo isto, não tenho dúvidas em estar ao lado de José Pedro Aguiar Branco nesta matéria porque a decisão do presidente do Parlamento inclui-se na melhor tradição das democracia liberais de permitir a liberdade máxima com a consequente responsabilização.

Se um político como André Ventura disse o que disse sobre o povo turco, deve ser responsabilizado pelos eleitores nas urnas, deve ser responsabilizado pelos eleitores nas sondagens de opinião e deve ser criticado de forma intensa no espaço público, como está a acontecer.

Repito: o que André Ventura disse é uma alarvidade. Mas André Ventura não é o único que diz alarvidades na política portuguesa. A extrema-direita é uma face da intolerância e do radicalismo mas a extrema-esquerda, o Partido Comunista Português (PCP) e o Bloco de Esquerda, é a outra face da mesma moeda.

Se o nacionalismo pateta do Chega é uma fonte de extremismo, o marximo-leninismo seguido pelo PCP e o marxismo que serve de fonte de inspiração ao Bloco de Esquerda (que na sua origem tem outras correntes ideológicas totalitárias, como trotskismo e o maoísmo) não o são menos.


Luís Rosa no Observador

https://observador.pt/opiniao/aguiar-branco-esteve-bem-e-defendeu-a-democracia-liberal/

De O apartidário a 18.05.2024 às 09:09

Em terra de cegos quem tem olho é aeroporto
Manhoso, o governo aproveitou a distracção provisória da Pequena Greta e dos seus amigos, entretidos a libertar a “Palestina”, para avançar com o projecto.

18 mai. 2024, 00:20

É português, ou pelo menos terráqueo? Está naturalmente excitadíssimo com o novo aeroporto de Lisboa? Quer saber tudo, tudo, tudo sobre o próximo grande desígnio nacional? Então veio ao lugar certo. Nos próximos parágrafos esclarecerei aos interessados e, espero, a mim mesmo, as dúvidas que tão gloriosa obra, à semelhança dos aviões, levanta.

Alguém disse que se discutiu muito a localização do aeroporto sem se discutir a necessidade. Ora essa: a necessidade, como os gostos, não se discute. O importante é lembrar que Lisboa precisa de substituir a Portela desde 1969, quando esta tinha 2 milhões de passageiros por ano e Marcelo Caetano criou o Gabinete do Novo Aeroporto de Lisboa, que se calhar continua em funções (é melhor alguém ir ver). Cinquenta e cinco anos depois, a Portela recebe 33 milhões de passageiros e, bem ou mal, lá vai bastando. Pelos vistos, no complexo universo da aeroportuária cabe sempre mais um, ou mais um milhão, ou mais 31 milhões. Quando a liderança é cautelosa, não há imprevistos.

Quanto à localização, o poder político também se mostrou irredutível ao longo deste meio século: o novo aeroporto de Lisboa seria sem dúvida em Alcochete. Ou na Ota. Ou em Rio Frio. Ou em Pegões. Ou no Poceirão. Ou em Apostiça. Ou em Alverca. Ou em Beja. Ou em Évora. Ou na Fonte da Telha. Ou em Porto Alto. Ou em algum sítio com nome esquisito e suficientemente distante de Lisboa. Quando a liderança é firme, não há hesitações.

Logo que o actual governo anunciou Alcochete, decisão por enquanto irreversível, festejei abundantemente. A seguir perguntei a uma pessoa do Sul onde é Alcochete. Na verdade, o topónimo não me era demasiado estranho. Enfim lembrei-me do ataque à academia do Sporting, vulgo o maior atentado terrorista em solo nacional. Parecendo que não, é capaz de ser uma ideia feliz. No estrangeiro, é comum cometer-se actos de terrorismo em aeroportos: nós cometemos aeroportos em lugares de terrorismo. Para cúmulo em cima de um campo de tiro e juntinho a duas localidades chamadas Sarilhos, Grandes e Pequenos. Quando a liderança é inovadora, não há acasos.

O prazo para a inauguração do novo aeroporto é igualmente claro: dez anos. Ou sete. Ou seis. Ou oito. Ou quinze. Por mim, concordo com qualquer data. Embora vá raramente a Lisboa (o que por coincidência farei este Sábado, a pretexto de um almoço), costumo ir de avião (idem), transporte que não usaria se me descarregassem perto do Montijo, onde não conheço ninguém. Porém, posso vir a conhecer nos próximos anos, período após o qual terei um aeroporto à disposição para fartas almoçaradas naquela região. Quando a liderança é precavida, não há fome.

Continua

De O apartidário a 18.05.2024 às 09:11

Sobre os custos da empreitada para o contribuinte, eis uma - notícia: zero euros. Tirando os acessos (as “acessibilidades”), que devem ficar baratos, o novo aeroporto será, jura o governo, pago por inteiro pelas taxas aeroportuárias. Se consigo compreender, a ANA cobra as ditas taxas e obtém lucros anuais que rondam os 300 ou 400 milhões. O novo aeroporto custará seis mil milhões, ou uns doze mil milhões, se arredondarmos. Isso significa que a ANA abdicará dos seus ganhos durante vinte, trinta ou quarenta anos apenas para oferecer o “Luís de Camões” à nação. Quando a liderança é poupada, não há abusos.

A propósito de Camões, o novo aeroporto já nasceu baptizado. Pode-se, e deve-se, criticar a opção por um homem, caucasiano e, ao que consta, “cisgénero” e heterossexual. Mas a deficiência física compensa um bocadinho. De resto, antes o poeta que o general que combateu Salazar após servir o Estado Novo e que se mudou para os Aliados (da IIª Guerra, não do Porto) após cantar louvores igualmente poéticos e épicos ao Führer. E que, sendo homem, caucasiano, “cisgénero” e tal, nem sequer era zarolho. Quando o poder é visionário, não há discórdias.

E o ambiente? Além dos “estudos de impacto”, uma estimativa conservadora prevê que o novo aeroporto receberá 100 (cem) milhões de passageiros em 2050, o triplo dos actuais e uma quantidade de gente que, no mundo, só o aeroporto de Atlanta, por causa das escalas da Delta Airlines, alcançou. É uma surpresa. Eu estava convencido de que no futuro não haveria voos destinados a pelintras, ficando os céus reservados às sumidades que acorrem a cimeiras “climáticas” para explicar aos pelintras que as viagens aéreas são prejudiciais ao planeta. Manhoso, o governo aproveitou a distracção provisória da Pequena Greta e dos seus amigos, entretidos a libertar a “Palestina”, para avançar com o projecto. Quando o poder é astuto, não há obstáculos.

Como se não chegasse tamanha maravilha, a maravilha vem acompanhada de um TGV Lisboa-Madrid, que sai do Barreiro e talvez acabe em Évora ou Elvas, e de uma terceira ponte sobre o Tejo, com fortes hipóteses de ser construída sobre o Tejo e não sobre outro rio. Preço final do pacote? É fazer as contas, na certeza de que estas não afectarão a intensa alegria sentida neste momento por cada patriota autêntico, resida ele em Chelas ou em Chaves, em Alcochete ou em Aljustrel, no Barreiro ou em Barcelos. E ainda não saímos da fase dos anúncios: imaginem se um dia for a sério. Esclarecidos? Eu estou.

Alberto Gonçalves no Observador

https://observador.pt/opiniao/em-terra-de-cegos-quem-tem-olho-e-aeroporto/

De O apartidário a 20.05.2024 às 13:47

Neste momento, não há Governo possível em Portugal.

O PSD tem contra ele o PS e o Chega e está bloqueado; o PS, se for Governo, terá o PSD e o Chega como opositores; e o Chega, se alguma vez lá chegar, terá a oposição do PS e do PSD.

Perante isto, só vejo um caminho: uma mudança do sistema eleitoral que garanta a maioria ao vencedor das eleições e lhe permita efetivamente governar.

https://sol.sapo.pt/2024/05/18/mudar-o-sistema-salvar-a-democracia/

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