oplanetadosmacacospoliticos
Este blog apenas reporta a realidade, sem seguir cartilhas políticas ou ideológicas, nem apoia extremismos de esquerda ou direita.Não toma partido em questões geo-políticas(sem deixar de condenar crimes de Guerra) .
11 comentários
De O apartidário a 12.01.2025 às 09:43
Deste mesmo blog (post de 13 de Dezembro)
https://oplanetadosmacacospoliticos.blo gs.sapo.pt/tao-felizes-que-eles-eram-e-p arece-que-117156
https://oplanetadosmacacospoliticos.blo
De O apartidário a 15.01.2025 às 10:35
A destruição de Portugal aos olhos de todos (canal Abraço da verdade)
https://youtu.be/YUv8xWZ1PQk?si=JnMyfvH ZKzLrjwrM
https://youtu.be/YUv8xWZ1PQk?si=JnMyfvH
De O apartidário a 15.01.2025 às 14:01
Ventura disse o mais importante na cara do(jornalista?)comuna
Do canal Miguel Macedo
https://youtu.be/BWbYU2ycvGk?si=mxPlDYe TjG6HJ-Q6
Do canal Miguel Macedo
https://youtu.be/BWbYU2ycvGk?si=mxPlDYe
De O apartidário a 13.01.2025 às 08:04
Acontecimentos "curiosos" deste fim de semana em Lisboa a nível das percepções...perdão,da realidade criminal(em zonas de alta densidade de imigrantes) e das reacções à dita cuja :
Manifestações em Lisboa este sábado, de que lado estamos?
https://youtu.be/CupEO8EBM3s?si=TbRRoa3 eLwAxjR4V
Apenas um dia depois da manif dos "não nos encostem à parede" aconteceu o seguinte:
Sete feridos em rixa com arma branca entre dois grupos na Rua do Benformoso, em Lisboa
Número de feridos na rixa "entre dois grupos" de cidadãos de "nacionalidade estrangeira" sobe para sete. Três levados para o hospital e outros quatro receberam assistência nas instalações da PSP.
12 jan. 2025, 15:31 no Observador
Um desabafo(com ou sem ironia),a culpa é da polícia e dos portugueses (do canal Abraço da verdade após a rixa de ontem Domingo na rua...sim sim,do Bem Formoso)
https://youtu.be/BwV9hQiYjxs?si=YLuzNTM dDaUikAuu
Manifestações em Lisboa este sábado, de que lado estamos?
https://youtu.be/CupEO8EBM3s?si=TbRRoa3
Apenas um dia depois da manif dos "não nos encostem à parede" aconteceu o seguinte:
Sete feridos em rixa com arma branca entre dois grupos na Rua do Benformoso, em Lisboa
Número de feridos na rixa "entre dois grupos" de cidadãos de "nacionalidade estrangeira" sobe para sete. Três levados para o hospital e outros quatro receberam assistência nas instalações da PSP.
12 jan. 2025, 15:31 no Observador
Um desabafo(com ou sem ironia),a culpa é da polícia e dos portugueses (do canal Abraço da verdade após a rixa de ontem Domingo na rua...sim sim,do Bem Formoso)
https://youtu.be/BwV9hQiYjxs?si=YLuzNTM
De O apartidário a 13.01.2025 às 19:19
Ventura considera que rixa no Martim Moniz mostra o "ridículo a que a esquerda se prestou"
Líder do Chega insiste na necessidade de, além de haver "mais polícia" na rua todos os dias, continuar a haver operações como a que aconteceu no Martim Moniz, dando mais força às autoridades.
13 jan. 2025, 18:02 no Observador
https://observador.pt/2025/01/13/ventur a-considera-que-rixa-no-martim-moniz-mos tra-o-ridiculo-a-que-a-esquerda-se-prest ou/
Líder do Chega insiste na necessidade de, além de haver "mais polícia" na rua todos os dias, continuar a haver operações como a que aconteceu no Martim Moniz, dando mais força às autoridades.
13 jan. 2025, 18:02 no Observador
https://observador.pt/2025/01/13/ventur
De O apartidário a 14.01.2025 às 18:44
No Martim Moniz(intendente/Benformoso) , um confronto armado entre grupos do Bangladesh expôs a realidade das desavenças políticas importadas para Portugal. Estes imigrantes não se integram, mas já ambicionam criar partidos próprios, seguindo exemplos de outros países europeus como França, Reino Unido e Bélgica, onde partidos muçulmanos promovem agendas baseadas na lei islâmica (Sharia).
https://youtu.be/iQWadGz-62s?si=_FlWCLv vtdV2sJoy
https://youtu.be/iQWadGz-62s?si=_FlWCLv
De O apartidário a 16.01.2025 às 09:21
"Não, a Rua do Benformoso não é uma rua como as outras, como mostrou a rixa que, logo no dia seguinte, fez sete feridos, e com que nem André Ventura teria sonhado nos seus melhores sonhos. É uma rua de 400 metros que, como o Expresso escrevia já em 2022, tinha registados 10 mil moradores, nos seus prédios estreitos de três ou quatro andares onde, na verdade, não caberá nem um décimo disso. A Rua do Benformoso é, infelizmente, neste momento o triste símbolo de um país onde operam redes de tráfico humano, auxílio à imigração ilegal para a Europa, vendas de moradas falsas, sobrelotação de habitações e pessoas a viver em condições desumanas, com todo o manancial de problemas que daí podem advir, a começar pelas questões sanitárias e a acabar no rastilho para o crime e a violência. Um país que toda a pessoa que já tenha chamado um Uber conhece, onde profissionais com cartão do cidadão português e que, para exercerem as suas profissões, têm de prestar provas em português, mas que, misteriosamente, não sabem dizer uma palavra nessa língua. Um país onde, mesmo que os dados não liguem criminalidade e imigração, também não desligam. A verdade é que a população imigrante em Portugal aumentou 33% só em 2023. E outra verdade – podem escrevê-la no mesmo parágrafo ou noutra fonte, noutra página, noutro livro, é que a criminalidade atingiu em 2023 os valores mais altos em dez anos.
Até que apareçam estudos que, comprovadamente, liguem ou desliguem uma coisa da outra, qualquer uso conjugado das mesmas é demagogia pura. Mas existe criminalidade e ela está a subir e as autoridades podem e devem combatê-la onde entenderem que o devem fazer – e isso inclui a Rua do Benformoso. Até lá, ver extremistas em todo o lado só vai continuar a permitir que os verdadeiros continuem a passar, alegremente, entre as gotas da chuva. Até onde? “Portugal é um país seguro, mas é preciso não viver à sombra da bananeira”, disse o primeiro-ministro. Certo. Nem de bananas, acrescentamos nós."
Alexandre Borges no Observador
https://observador.pt/opiniao/como-o-ex tremista-gosta-de-banana/
Até que apareçam estudos que, comprovadamente, liguem ou desliguem uma coisa da outra, qualquer uso conjugado das mesmas é demagogia pura. Mas existe criminalidade e ela está a subir e as autoridades podem e devem combatê-la onde entenderem que o devem fazer – e isso inclui a Rua do Benformoso. Até lá, ver extremistas em todo o lado só vai continuar a permitir que os verdadeiros continuem a passar, alegremente, entre as gotas da chuva. Até onde? “Portugal é um país seguro, mas é preciso não viver à sombra da bananeira”, disse o primeiro-ministro. Certo. Nem de bananas, acrescentamos nós."
Alexandre Borges no Observador
https://observador.pt/opiniao/como-o-ex
De O apartidário a 13.01.2025 às 14:50
Não nos encostem à parede – a nós, os moderados
Anos a fio as elites inglesas abafaram crimes hediondos por causa da etnia dos violadores. Correu mal. Em Portugal também correrá mal (já corre mal) a narrativa de que está tudo bem com os imigrantes.
13 jan. 2025, 00:20 José Manuel Fernandes no Observador
https://observador.pt/opiniao/nao-nos-e ncostem-a-parede-a-nos-os-moderados/
Anos a fio as elites inglesas abafaram crimes hediondos por causa da etnia dos violadores. Correu mal. Em Portugal também correrá mal (já corre mal) a narrativa de que está tudo bem com os imigrantes.
13 jan. 2025, 00:20 José Manuel Fernandes no Observador
https://observador.pt/opiniao/nao-nos-e
De O apartidário a 13.01.2025 às 14:58
Artigo acima linkado do Observador,primeiros parágrafos cortados devido à extensão do texto
A dimensão dos crimes é avassaladora, pois estamos a falar de milhares de vítimas (só em Rotherham terão sido 1400 entre 1997 e 2013);
a forma como actuaram as autoridades de muitas das regiões afectadas, o que inclui o poder político local, as polícias e os tribunais, foi na melhor das hipóteses negligente, na pior deliberadamente “distraída” ou mesmo preocupado com o encobrimento;
as tentativas para abafar alguns destes casos, sobretudo para abafar a ligação entre as violações em grupo e a origem étnica e religiosa dos criminosos foi um padrão seguido em quase todo o lado e que poucos desafiaram;
há evidência que a comunicação social também foi cúmplice do encobrimento, tendo havido reportagens que não foram publicados e documentários cuja difusão foi adiada, pelo menos.
Apergunta perturbadora é a relativa a saber porque é que tudo isto se passou assim, pois falamos de um longo período de tempo e de um assustador padrão de comportamentos.
A primeira resposta é má, mas não é nova num país tão marcado por diferenças de classe como o Reino Unido: as vítimas era raparigas muito novas e de classe baixa, pertenciam àquilo a que alguns chegaram a chamar, de forma inumana, “white trash”, “lixo branco”, numa referência à sua cor de pele. Houve casos em que as vítimas foram tratadas quase como culpadas por terem sido agredidas e violadas.
A segunda resposta é muito pior, muito mais perturbante: a falta de atenção a estes crimes, a relativa benevolência com que muitos criminosos foram tratados, deriva do padrão étnico-religioso dos agressores. Há relatórios de polícia em que se sugere que se abafem as notícias para evitar acusações de racismo e de islamofobia, ou então por receio de eventuais tumultos interétnicos ou de promover o populismo.
Ou seja: as elites britânicas – e falo de elites pois este tema chegou por mais de uma vez ao governo, ao parlamento e até à liderança das oposições, tal como falo de elites pois lá, tal como cá, também existe a elite político-mediática da bolha de Londres, uma elite que no limite decide o que é ou não importante noticiar e debater. Foram essas elites britânicas que decidiram enterrar este escândalo, esconder o mais possível estes crimes, pois eles desafiavam a narrativa, e a narrativa no Reino Unido é, há décadas, que o multiculturalismo é um sucesso e que só temos de nos preocupar com a boa integração dos imigrantes, não olhar demasiado para o que eles andam a fazer, mesmo quando há imãs a pregar a jihad.
As elites britânicas têm nesse aspecto sido como as nossas – e por isso é que me lembrei da Rita Rato que, na sua ingenuidade juvenil, acabou por confessar que nem sabia muito bem o que tinha sido o gulag, pelo menos não o suficiente para condenar esse sistema soviético de campos de trabalho. Houve um tempo em que a maioria dos intelectuais de países como a França ou a Itália eram como a Rita Rato: também não queriam ver ou ouvir, também não queriam tomar conhecimento das realidades que desafiavam a sua cosmovisão (hoje chamamos a estas coisas “a sua narrativa”).
Essas mesmas elites também estariam bem com os que promoveram a manifestação “não nos encostem à parede” deste fim-de-semana. A sua narrativa é que temos uma polícia estruturalmente racista (também houve em tempos acusações dessas à polícia britânica e ela acobardou-se), a sua narrativa é que todas as regiões das nossas cidades são igualmente seguras, razão porque foram para a Av. de Roma em Lisboa simular que estavam encostados à parede como na Rua do Benformoso, a sua narrativa é que de forma alguma se pode associar insegurança a imigração – isso é mesmo o pecado dos pecados.
Numa primeira fase não foram poucos os que acharam que aquela operação da polícia não tinha precedentes, que nunca ninguém fora encostado a uma parede para ser revistado. Creio que hoje todos saberão que isso é rotineiro nas operações policiais, que acontece todos os dias e que faz parte dos procedimentos regulamentares das forças de segurança, no caso português até bastante menos intrusivos e agressivos do que os praticados noutros países.
Continua
A dimensão dos crimes é avassaladora, pois estamos a falar de milhares de vítimas (só em Rotherham terão sido 1400 entre 1997 e 2013);
a forma como actuaram as autoridades de muitas das regiões afectadas, o que inclui o poder político local, as polícias e os tribunais, foi na melhor das hipóteses negligente, na pior deliberadamente “distraída” ou mesmo preocupado com o encobrimento;
as tentativas para abafar alguns destes casos, sobretudo para abafar a ligação entre as violações em grupo e a origem étnica e religiosa dos criminosos foi um padrão seguido em quase todo o lado e que poucos desafiaram;
há evidência que a comunicação social também foi cúmplice do encobrimento, tendo havido reportagens que não foram publicados e documentários cuja difusão foi adiada, pelo menos.
Apergunta perturbadora é a relativa a saber porque é que tudo isto se passou assim, pois falamos de um longo período de tempo e de um assustador padrão de comportamentos.
A primeira resposta é má, mas não é nova num país tão marcado por diferenças de classe como o Reino Unido: as vítimas era raparigas muito novas e de classe baixa, pertenciam àquilo a que alguns chegaram a chamar, de forma inumana, “white trash”, “lixo branco”, numa referência à sua cor de pele. Houve casos em que as vítimas foram tratadas quase como culpadas por terem sido agredidas e violadas.
A segunda resposta é muito pior, muito mais perturbante: a falta de atenção a estes crimes, a relativa benevolência com que muitos criminosos foram tratados, deriva do padrão étnico-religioso dos agressores. Há relatórios de polícia em que se sugere que se abafem as notícias para evitar acusações de racismo e de islamofobia, ou então por receio de eventuais tumultos interétnicos ou de promover o populismo.
Ou seja: as elites britânicas – e falo de elites pois este tema chegou por mais de uma vez ao governo, ao parlamento e até à liderança das oposições, tal como falo de elites pois lá, tal como cá, também existe a elite político-mediática da bolha de Londres, uma elite que no limite decide o que é ou não importante noticiar e debater. Foram essas elites britânicas que decidiram enterrar este escândalo, esconder o mais possível estes crimes, pois eles desafiavam a narrativa, e a narrativa no Reino Unido é, há décadas, que o multiculturalismo é um sucesso e que só temos de nos preocupar com a boa integração dos imigrantes, não olhar demasiado para o que eles andam a fazer, mesmo quando há imãs a pregar a jihad.
As elites britânicas têm nesse aspecto sido como as nossas – e por isso é que me lembrei da Rita Rato que, na sua ingenuidade juvenil, acabou por confessar que nem sabia muito bem o que tinha sido o gulag, pelo menos não o suficiente para condenar esse sistema soviético de campos de trabalho. Houve um tempo em que a maioria dos intelectuais de países como a França ou a Itália eram como a Rita Rato: também não queriam ver ou ouvir, também não queriam tomar conhecimento das realidades que desafiavam a sua cosmovisão (hoje chamamos a estas coisas “a sua narrativa”).
Essas mesmas elites também estariam bem com os que promoveram a manifestação “não nos encostem à parede” deste fim-de-semana. A sua narrativa é que temos uma polícia estruturalmente racista (também houve em tempos acusações dessas à polícia britânica e ela acobardou-se), a sua narrativa é que todas as regiões das nossas cidades são igualmente seguras, razão porque foram para a Av. de Roma em Lisboa simular que estavam encostados à parede como na Rua do Benformoso, a sua narrativa é que de forma alguma se pode associar insegurança a imigração – isso é mesmo o pecado dos pecados.
Numa primeira fase não foram poucos os que acharam que aquela operação da polícia não tinha precedentes, que nunca ninguém fora encostado a uma parede para ser revistado. Creio que hoje todos saberão que isso é rotineiro nas operações policiais, que acontece todos os dias e que faz parte dos procedimentos regulamentares das forças de segurança, no caso português até bastante menos intrusivos e agressivos do que os praticados noutros países.
Continua
De O apartidário a 13.01.2025 às 14:59
Nessa primeira fase também trataram de fazer circular a narrativa de que era tudo por causa da política e da existência do Chega e também de uma viragem do governo para a extrema-direita, uma narrativa que depressa se confrontou com o conhecimento de terem existido naquela mesma zona várias operações semelhantes e até bem mais musculadas em períodos de governação socialista.
Por fim, já em cima da manifestação, chegámos ao argumento final: talvez até seja verdade que há mais operações como aquela, mas ali, naquela rua, naquela praça, não podem acontecer intervenções policiais daquela dimensão. Porquê?, perguntarão os leitores. Porque todos sabemos que aquela rua está sempre cheia de imigrantes, sobretudo de imigrantes indostânicos, e a simples realização de operações policiais pode criar a percepção de que há uma relação entre imigração e insegurança.
Ou seja, tal como às autoridades de Rotherham, o que preocupa quem assim argumenta não é a realidade dos factos, é poder criar-se, ou reforçar-se, uma “percepção” concorrente às suas próprias percepções. Estamos a um passo de defender que, como sucedeu no Reino Unido, se trate de esconder crimes reais para que a polícia não seja acusada de racismo ou para que partidos mais extremistas prosperem (também isso foi argumentado no Reino Unido, apesar da insignificância que então tinham os partidos extremistas).
O problema com estas “narrativas” é que muitas vezes elas implodem de um momento para o outro e isso faz virar o feitiço contra o feiticeiro. É precisamente o que se está a passar no Reino Unido agora que este escândalo está por fim a ser abertamente discutido, e foi também o que se passou neste fim-de-semana em Lisboa.
No sábado lá tivemos as manifestações da praxe, a promovida pela extrema-esquerda e por alas cada vez mais radicais do Partido Socialista, que lá desceu a Almirante Reis sem uma mobilização que impressionasse por aí além, e a promovida pelo Chega, mais diminuta em participantes mas um novo sinal de que voltou a haver em Portugal um partido à direita que não tem receio de vir para a rua, algo que praticamente não sucedia desde os dias do PREC.
A história ficaria por aqui, porventura com a nota de rodapé, certeira, de Luís Montenegro, de que tinham sido dois extremismos a desfilar, se ontem naquela rua onde supostamente nunca sucede nada, na mais do que pacífica Rua do Benformoso, não tivesse acontecido uma rixa de que resultaram sete feridos, três a necessitarem de tratamento hospitalar. Ainda há poucos dias o comentariado televisivo garantia que a rusga tinha sido um insucesso pois só fora apreendida uma arma branca apesar de tanta gente revistada – agora cai em cima destas almas sabedoras uma rixa com paus, ferros e até, vejam lá, uma arma branca, e ainda uma tentativa de evitar que jornalistas dessem conta da ocorrência (um dos câmaras da CNN foi quase agredido).
Continua
Por fim, já em cima da manifestação, chegámos ao argumento final: talvez até seja verdade que há mais operações como aquela, mas ali, naquela rua, naquela praça, não podem acontecer intervenções policiais daquela dimensão. Porquê?, perguntarão os leitores. Porque todos sabemos que aquela rua está sempre cheia de imigrantes, sobretudo de imigrantes indostânicos, e a simples realização de operações policiais pode criar a percepção de que há uma relação entre imigração e insegurança.
Ou seja, tal como às autoridades de Rotherham, o que preocupa quem assim argumenta não é a realidade dos factos, é poder criar-se, ou reforçar-se, uma “percepção” concorrente às suas próprias percepções. Estamos a um passo de defender que, como sucedeu no Reino Unido, se trate de esconder crimes reais para que a polícia não seja acusada de racismo ou para que partidos mais extremistas prosperem (também isso foi argumentado no Reino Unido, apesar da insignificância que então tinham os partidos extremistas).
O problema com estas “narrativas” é que muitas vezes elas implodem de um momento para o outro e isso faz virar o feitiço contra o feiticeiro. É precisamente o que se está a passar no Reino Unido agora que este escândalo está por fim a ser abertamente discutido, e foi também o que se passou neste fim-de-semana em Lisboa.
No sábado lá tivemos as manifestações da praxe, a promovida pela extrema-esquerda e por alas cada vez mais radicais do Partido Socialista, que lá desceu a Almirante Reis sem uma mobilização que impressionasse por aí além, e a promovida pelo Chega, mais diminuta em participantes mas um novo sinal de que voltou a haver em Portugal um partido à direita que não tem receio de vir para a rua, algo que praticamente não sucedia desde os dias do PREC.
A história ficaria por aqui, porventura com a nota de rodapé, certeira, de Luís Montenegro, de que tinham sido dois extremismos a desfilar, se ontem naquela rua onde supostamente nunca sucede nada, na mais do que pacífica Rua do Benformoso, não tivesse acontecido uma rixa de que resultaram sete feridos, três a necessitarem de tratamento hospitalar. Ainda há poucos dias o comentariado televisivo garantia que a rusga tinha sido um insucesso pois só fora apreendida uma arma branca apesar de tanta gente revistada – agora cai em cima destas almas sabedoras uma rixa com paus, ferros e até, vejam lá, uma arma branca, e ainda uma tentativa de evitar que jornalistas dessem conta da ocorrência (um dos câmaras da CNN foi quase agredido).
Continua
De O apartidário a 13.01.2025 às 15:01
Parte final do artigo de José Manuel Fernandes no Observador
Não preciso de explicar quem sai vencedor neste taco a taco de argumentos. Não preciso sequer de lembrar a sondagem onde se revela que, afinal, a maioria dos portugueses, numa proporção superior a dois para um, até concorda com a operação policial na zona do Martim Moniz – apenas gostava de voltar a sublinhar uma evidência: a esquerda que temos, cada vez mais radicalizada, é mesmo a melhor aliada dos radicalismos de sinal oposto.
Quanto à forma como chegámos aqui apetecia-me regressar a “A Estranha Morte da Europa”, um livro que tem como subtítulo “Imigração, Identidade, Religião”, mas como o texto já vai longo, deixo-vos apenas uma passagem do posfácio, escrito em Janeiro de 2018, um ano depois do lançamento:
“Ainda há pessoas que tentam fingir que tudo aquilo por que estamos a passar – e tudo o que iremos passar nos anos à nossa frente – é normal. Ou que não vai continuar. (…) Há um esforço em curso para fazer com que os eleitorados europeus não acreditem na evidência das suas próprias vidas. (…) Este fingimento não faz sentido – não faz sentido fingir que tudo o que se está a passar não constitui a mudança mais significativa que é possível numa cultura”.
Continuamos a assistir aos mesmos fingimentos, agora à nossa porta, e, sete anos passados, sabemos como o panorama político na Europa mudou e continua a mudar.
Os moderados, se não quiserem ficar cada vez mais prisioneiros dos extremistas – se não quiserem que os encostem à parede – têm de nunca se esquecer que pode-se enganar algumas pessoas o tempo todo, pode-se enganar todas as pessoas algum tempo, mas não se pode enganar toda a gente o tempo todo.
Por isso há temas que têm de ser enfrentados, não camuflados ou travestidos de “narrativas” cheias de um falso “bom coração”."
José Manuel Fernandes no Observador
Não preciso de explicar quem sai vencedor neste taco a taco de argumentos. Não preciso sequer de lembrar a sondagem onde se revela que, afinal, a maioria dos portugueses, numa proporção superior a dois para um, até concorda com a operação policial na zona do Martim Moniz – apenas gostava de voltar a sublinhar uma evidência: a esquerda que temos, cada vez mais radicalizada, é mesmo a melhor aliada dos radicalismos de sinal oposto.
Quanto à forma como chegámos aqui apetecia-me regressar a “A Estranha Morte da Europa”, um livro que tem como subtítulo “Imigração, Identidade, Religião”, mas como o texto já vai longo, deixo-vos apenas uma passagem do posfácio, escrito em Janeiro de 2018, um ano depois do lançamento:
“Ainda há pessoas que tentam fingir que tudo aquilo por que estamos a passar – e tudo o que iremos passar nos anos à nossa frente – é normal. Ou que não vai continuar. (…) Há um esforço em curso para fazer com que os eleitorados europeus não acreditem na evidência das suas próprias vidas. (…) Este fingimento não faz sentido – não faz sentido fingir que tudo o que se está a passar não constitui a mudança mais significativa que é possível numa cultura”.
Continuamos a assistir aos mesmos fingimentos, agora à nossa porta, e, sete anos passados, sabemos como o panorama político na Europa mudou e continua a mudar.
Os moderados, se não quiserem ficar cada vez mais prisioneiros dos extremistas – se não quiserem que os encostem à parede – têm de nunca se esquecer que pode-se enganar algumas pessoas o tempo todo, pode-se enganar todas as pessoas algum tempo, mas não se pode enganar toda a gente o tempo todo.
Por isso há temas que têm de ser enfrentados, não camuflados ou travestidos de “narrativas” cheias de um falso “bom coração”."
José Manuel Fernandes no Observador