oplanetadosmacacospoliticos
Este blog apenas reporta a realidade, sem seguir cartilhas políticas ou ideológicas, nem apoia extremismos de esquerda ou direita.Não toma partido em questões geo-políticas(sem deixar de condenar crimes de Guerra) .
Vira o Discurso e Toca o Mesmo (um legado de banalidade e mediocridade)
A pobreza(e tudo o resto) que a democracia e,acrescento eu, a desgovernação de oito anos do sr Costa(grande amigo do sr Marcelo) / PS,com e sem geringonça, não conseguiu resolver, além de entretanto ter criado outros problemas graves.
Um legado de banalidade e mediocridade
Marcelo abandonará a presidência deixando um legado popular mas vazio de conteúdo.
02 jan. 2025, 00:18 Diogo Drummond Borges
https://observador.pt/opiniao/um-le
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9 comentários
De O apartidário a 02.01.2025 às 18:46
https://oplanetadosmacacospoliticos.blo
E de Dezembro de 2023
https://oplanetadosmacacospoliticos.blo
De O apartidário a 03.01.2025 às 08:43
https://identdegeneroideologiaoucie
De Ricardo a 11.01.2025 às 08:32
De O apartidário a 03.01.2025 às 08:47
https://identdegeneroideologiaoucie
De O apartidário a 09.01.2025 às 14:16
https://youtu.be/Y2c8CDKLi_U?si=rN0oh0v
De O apartidário a 09.01.2025 às 14:34
https://youtu.be/TGgs-msNIYk?si=mTaDIHy
De O apartidário a 10.01.2025 às 09:04
"Há escândalos, e depois há escândalos repugnantes, como o abuso sexual de menores no Reino Unido, na área metropolitana de Manchester. Durante anos, até à década de 2010, gangs de pedófilos puderam violar centenas de meninas de famílias pobres, perante a passividade da polícia, magistratura e serviços sociais. Porquê? Porque as crianças eram inglesas, mas os pedófilos eram imigrantes ou descendentes de imigrantes do Paquistão. Polícias, magistrados e assistentes sociais recearam que a repressão da pedofilia fosse vista como uma rusga “racista”, ou justificasse dúvidas sobre a política migratória. A prioridade não foi proteger as meninas, mas a “imagem” das autoridades e dos migrantes.
O caso voltou ao debate político porque o actual primeiro-ministro, Keir Starmer, terá estado, quando magistrado, envolvido no encobrimento, e porque Elon Musk comentou a história no X. Se houvesse dúvidas sobre a persistente dificuldade do establishment em digerir o escândalo, bastaria notar que a imprensa bem-pensante só encontrou um único motivo de indignação nesta história abominável: Musk ter escrito sobre o assunto.
Estamos aqui perante a mesma mentalidade que fez a polícia em Nova Orleães, após o atentado do Ano Novo, negar que fosse “terrorismo” e depois identificar o terrorista como “texano”. Como é que chegámos a este ponto? Porque é que, numa democracia e num Estado de direito, as autoridades enganam e acham que devem enganar? Porque é que, em países com liberdade de imprensa, a comunicação social, tradicionalmente a grande escrutinadora do poder, se identifica agora com quem manda e colabora com zelo nos seus embustes? Porque a maior parte dos políticos, funcionários e jornalistas habitam um aquário ideológico, alimentado pelo esquerdismo woke, em que a população é imaginada como uma massa estúpida e racista, totalmente susceptível às sereias da “extrema-direita”. Para as autoridades e para a comunicação social, a grande missão é agora escamotear e deturpar qualquer informação que possa estimular os preconceitos da plebe e ser “explorada” pelo “populismo”. Vivemos assim num regime em que as migrações descontroladas, a criminalidade, a inflação ou as insuficiências dos serviços públicos não são verdadeiramente problemas. O único problema é o que a “extrema-direita” possa fazer desses problemas para alvoroçar a populaça. Por isso, todos os encobrimentos e mentiras estão justificados.
Como estamos longe dos tempos do Watergate, em 1972-1974. Também Richard Nixon justificou as suas ilegalidades e imposturas como necessárias na resistência à subversão. A subversão que o incomodava, porém, era “comunista”. Não convenceu ninguém. Hoje, se Nixon optasse pelo espantalho “populista”, teria talvez o Washington Post a colaborar nos seus encobrimentos. Lembrem-se disto: o ano passado, até ao debate de Junho, o governo de Biden teve toda a ajuda dessa grande imprensa para dissimular o estado mental do presidente. A fraude era nobre, porque se tratava de resistir a Trump.
Muitas são as coisas que estão a fragilizar as democracias. Mas não haverá talvez outra mais grave do que a desconfiança das oligarquias políticas e jornalísticas em relação à população. Os seus efeitos são corrosivos. Por um lado, permite às oligarquias manterem uma boa consciência enquanto omitem, mentem e faltam aos seus deveres: vale tudo, para impor percepções virtuosas. Por outro lado, o actual regime de deturpação e ocultamento da informação, como qualquer regime de censura, serve sobretudo para legitimar a suspeita dos cidadãos em relação a tudo o que é oficial e estabelecido. Uma democracia, em que os governantes são supostos representar os governados, respeitar a lei e servir o bem público, não pode funcionar assim. Deveria ser óbvio. Mas parece que não é.
Rui Ramos no Observador
https://observador.pt/opiniao/a-resiste
De O apartidário a 11.01.2025 às 08:22
Chegamos a um tempo em que discordar da violação em massa e impune de crianças e adolescentes é ser de “extrema-direita”, logo “racista”.
11 jan. 2025, 00:22 no Observador
Escrevo na sexta. No Sábado de tarde haverá uma manifestação no Martim Moniz. O lema da manifestação, organizada e participada exactamente por quem vocês estão a pensar, é “Não nos encostem à parede”. Julgo que alguns dos manifestantes nem precisarão de se deslocar até ao Martim Moniz: aparentemente, ainda não saíram de lá desde que, em 19 de Dezembro, um grupo de polícias encostou de facto duas dúzias de sujeitos à parede e apreendeu uma pequena quantidade de armas, drogas, produtos roubados e artigos contrafeitos, além de um par de cidadãos procurados ou suspeitos.
Políticos de esquerda, “jornalistas” de esquerda e outras criaturas naturalmente de esquerda e relativamente públicas andam há quase um mês a divulgar nas “redes sociais” fotografias deles próprios em visita turística à popular praça, incluindo “selfies” junto da população residente, assaz evocativas dos retratos em que os colonos de África posavam ao lado dos nativos. Uns tantos, a fim de exibir propensão extra pela multiculturalidade, mostram-se a sorrir de inexcedível satisfação nos restaurantes locais. E se é agradável descobrir parceiros de devoção pelo caril e pelo piripíri, as especiarias supremas, receio que nem todos possuam estômagos habilitados.
Os multiculturalistas que, por dificuldades de agenda, geografia, vontade ou digestão, não foram ao Martim Moniz em carne e osso, pairam por lá em espírito. Distraídos do “genocídio” em Gaza, não param de falar da intervenção policial, que consideram o momento mais vergonhoso da história do regime, quiçá da nação. Certas almas sensíveis, e particularmente sensatas, chegaram a comparar o sucedido ao Holocausto, que como se sabe consistiu em averiguar se os judeus da Europa ocupada traziam navalhas e haxixe.
É interessante notar que a sensibilidade dessas almas não se manifestou, literal e figurativamente, aquando de operações similares, no Martim Moniz e onde calhou, sob a vigência de governos socialistas. Decerto, e para citar a sempre pertinente Mariana Mortágua, as operações em causa não se enquadravam na corrente “campanha racista” e “de ódio”. Só o racismo e o ódio justificam que as autoridades provoquem semelhante alarido numa zona que, ao longo de dois anos inteirinhos, apenas testemunhou 52 crimes violentos, centenas de casos de desordem e, as fontes variam, talvez um homicídio. Ou seja, uma manhã sossegada nos melhores bairros de Caracas. “Não há associação entre criminalidade e imigração”, diz a dra. Mariana. O que às vezes parece haver, e a dra. Mariana não diz, é uma associação entre criminalidade e determinadas ruas cujos transeuntes e habitantes são, em razoável medida, imigrantes. Admito que se trate de acaso.
Continua
De O apartidário a 11.01.2025 às 08:25
Mas não é por acaso que misturo ambos os temas. Nos últimos dias, muitos dos cavalheiros e das senhoras que daqui a horas se manifestarão em Lisboa não deixaram, nos intervalos do kebab, de repescar o escândalo britânico para reproduzir – nos jornais, nas televisões, nas “redes sociais” – os argumentos (digamos assim) dos trabalhistas: o problema não é a violação social e racialmente selectiva de menores de idade e a respectiva cumplicidade dos diversos poderes, e sim o “aproveitamento” que Musk e a “extrema-direita” fazem de tal insignificância. É essa gente que hoje vai desfilar a partir da Almirante Reis, a soltar guichos alusivos à “injustiça” e à “discriminação”, ao “medo” e à “vergonha”, ao “racismo” e aos “direitos humanos”.
Não vale a pena notar que essa gente, cá e lá, é doentiamente hipócrita e, suspeito, sinceramente doente. Vale a pena notar que essa gente, que escorre virtude postiça e desumanidade autêntica, despreza por cálculo as infelizes estupradas como, se lhes convier, despreza os imigrantes decentes ou os demais objectos da sua oportunista atenção. O apreço dessa gente esgota-se naqueles, e naquilo, que ajudem a destruir a sociedade que temos, a vida que levamos, as pessoas que somos. O sonho deles é encostar o nosso mundo à parede, e disparar de seguida. A fúria “inclusiva” não nos inclui.
Alberto Gonçalves no Observador
https://observador.pt/opiniao/era-encos